terça-feira, 20 de outubro de 2009

Uma pausa


cansaço, saturação, desencanto? ... uma vontade de parar por uns tempos. As minhas desculpas a quem continua por aqui a passar. Deixo-vos neste lapso de tempo com José Mário Branco - Margem de Certa Maneira.
Dentro da margem de dentro
Na raís e no lamento
Guarda-vento e ribanceira
Margem de certa maneira
De fazer uma viagem
De ultrapassar a barreira
Fazer do vento poeira
Da ribanceira barragem

Fora da margem de dentro
Entre o caule e o rebento
Há sempre um pequeno espaço
Entre movimento e passo
Entre passo e movimento
A corda que faz o laço
A força que faz o braço
Acordar o pensamento
(...)


A coisa vai amigos!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sónia Tavares - uma voz sensual

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bloco: uma derrota autárquica que merece uma reflexão séria.


O Bloco tem o voto de protesto e o voto de mudança. O Bloco se quer fazer algo que valha a pena na vida das pessoas tem de fazer escolhas sérias. O Bloco nasceu para melhorar a vida concreta das pessoas. Juntar as esquerdas para uma alternativa de poder ao modelo neo-liberal. Esse caminho passa por conquistar a maioria social com uma nova forma de fazer política. Um caminho isento de partidarites, sectarismos, presunção. Unindo e não dividindo. Ser protesto mas ser alternativa. Ser oposição mas ser poder. Ser crítico mas ser colaborante. Também! O caminho passa por voltar às origens: construir na luta social, na denúncia das injustiças, na defesa dos direitos e do interesse público, na defesa da transparência dos actos executivos; um projecto de reunificação e reconfiguração das esquerdas, para uma nova esquerda, cuja maior ambição é construir uma sociedade que acabe com a pobreza, honre os trabalhadores e o trabalho, seja justa na distribuição.

Isso passa, por não desperdiçar nenhuma oportunidade de melhorar a vida das pessoas, dos sítios, do ambiente. Os eleitores do Bloco são muito particulares: apoiam o Bloco no combate político que faz a diferença, castigam o Bloco quando é igual aos outros. Nestas eleições autárquicas o Bloco foi muito igual aos outros em muitos sítios: Aparecer por aparecer. Colocar o partido acima dos interesses mais gerais. De dividir onde podia unir. Teve uma derrota merecida. Que aprenda a lição! Merece o Bloco, merecem os dirigentes que são pessoas empenhadas, merecem os militantes dedicados, merecemos nós (mereço eu) os que acreditamos no projecto.

Ps: um abraço ao Jorge Teixeira que merecia ser eleito.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Aniversário

Há uns anos nisto o tempo passa-nos despercebido. Hoje o in coerências faz um ano. Obrigado pela lembrança ao blogue de aniversários. Contudo a minha primeira incursão aconteceu em 15 de Junho de 2005 com o à esquerda e logo no dia do funeral de Álvaro de Cunhal que homenageei singelamente. Depois, com A hora que há-de vir!.., o Foice dos Dedos (temporariamente fechado, por decisão própria, até conclusão de processo em que sou arguido) e o Sentido único. Ando nisto há mais de 4 anos. Uf!..

Quem dá mais?



Os políticos carreiristas são mesmo assim. Sem vergonha nenhuma. Apresentem-se mais populistas ou parecendo mais circunspectos na intervenção política. Entre um Valentim Loureiro que oferece electrodomésticos e um António Costa que oferece bicicletas, não há diferenças. São da mesma casta: uns profissionais da batota política, pelo menos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eleições autárquicas em Viana do Castelo

Neste Domingo decorrem as eleições autárquicas. O meu voto está decidido para a Câmara e para a Assembleia Municipal. É um voto no Bloco de Esquerda e no Jorge Teixeira e Francisco Vaz e respectivas equipas. Quanto à minha freguesia ainda não decidi em quem votar. Preciso pensar melhor.

Embora seja muito importante a presença nestes órgãos fiquei muito desiludido com o funcionamento da Assembleia Municipal de que fui deputado municipal. Com algumas excepções aquilo é uma fantochada. Os deputados Municipais são a voz do dono, com o chefe de equipa na primeira fila a marcar o sentido de voto. Os deputados municipais, quase todos, são figuras ausentes do debate e da participação. Os presidentes da Juntas de Freguesia estão lá apenas para votar ao lado da Câmara.

Sem querer falar de mim próprio (fiz apenas meio mandato) e dos meus colegas (abro a excepção para Luís Louro -uma capacidade de trabalho notável e, com Rui Viana, o melhor deputado municipal), destaco o trabalho do deputado municipal do CDS, Aristides Sousa e da CDU, Rui Viana (este ano pelas razões que aqui expus não concorre), o primeiro algo demagogo, mas ambos sempre muito empenhados, levando a função a sério. O resto ...é uma tristeza. Custa-me dizer isto porque conheço alguns deles, conheço as suas capacidades, conheço o trabalho e custa-me vê-los tão "domesticados".

sábado, 3 de outubro de 2009

Portas ... submarinos ao fundo



"A passagem de Paulo Portas pelo governo ficou conhecida pelos escândalos que ainda estão sob investigação judicial. É o caso das comissões pagas pelos industriais de armamento ao Grupo Espírito Santo, os depósitos suspeitos nas contas do CDS no BES, ou os despachos de última hora dos ministros do CDS." (do esquerda.net)

Investigue-se tudo!

Eleitores-Fantasmas roubam dois deputados ao Bloco

Eleitores-Fantasmas roubam dois deputados ao Bloco

São mais de 930 mil eleitores-fantasmas que constam dos cadernos eleitorais mas que não existem, verdadeiramente, ou porque faleceram e não foram abatidos nos cadernos, ora porque mudaram de residência e estão em duplicado. Esta situação distorce a distribuição dos deputados pelos círculos mas podem também ditar um vencedor errado. Igualmente as interpretações dos resultados, as ideias-feitas sobre os anseios dos eleitores e ainda sobre os valores da abstenção. O estudo acima mostra que estes eleitores-fantasmas, retiraram dois deputados ao Bloco de Esquerda e deram um ao PS e outro ao CDS.

Uma opinião que já tenho defendido por aqui era a criação de um circulo nacional. Por duas razões: os deputados eleitos são deputados nacionais e não representam "zonas" dos país (para isso avance-se com a regionalização - apesar de pessoalmente ser mais adepto de uma descentralização efectiva)e porque a representatividade eleitoral tinha uma maior, melhor e correcta expressão na Assembleia da República, dado que todos os votos contavam e tinham o mesmo valor eleitoral.

Repare-se no quadro abaixo: com um circulo nacional único o PS teria menos 9 deputados, o PSD menos 8, o CDS-PP mais 4, o BE mais 7 e a CDU mais 3, enquanto o MRPP teria conquistado 2 deputados e o MEP 1. A quem não interessa este modelo?

 

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