segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Cheques em branco de 20 mil milhões de euros.

Esta coisa do Governo dar uma cobertura de 20 mil milhões de euros à banca para contrair empréstimos, juntos de instituições financeiras internacionais tem muito que se lhe diga. O Governo está deliberadamente a correr um risco que as instituições financeiras que emprestam dinheiro aos bancos, entre as quais o Banco Central Europeu, não querem correr: o de não haver garantias suficientes de recuperação dos créditos, no caso de incumprimento dos pagamentos.

O Governo expõe os nossos dinheiros a operações de alto rico sem nenhuma garantia. O Governo fia-se e não se acautela. Amanhã se um banco abrir falência quem entra com os créditos é o Estado. Somos todos nós, os contribuintes. Como sempre quando as coisas não correm bem. No aumento dos impostos, no abaixamento dos salários reais, na retirada de direitos e na redução dos obrigações sociais, com a diminuição dos valores das reformas.

O Governo hipoteca os nossos dinheiros para os bancos contraírem empréstimos. Mas quem não tem dinheiro não tem vícios, não foi assim que nos ensinaram? O Estado não pode passar cheques em branco. O Estado, para ser fiador, precisa de garantias seguras. O Estado não corre riscos. Não joga na bolsa. Não vai ao casino. O Estado tem de ser prudente e parcimonioso na gestão dos dinheiros públicos. É a vida de muitos que está em causa.

Os bancos se não conseguem passar a confiança e a credibilidade suficiente às instituições financeiras, para lhe concederam crédito financeiro, não podem esperar de um Estado, com responsabilidades sociais e com grandes problemas financeiros, cheques em branco, que possam comprometer compromissos futuros, com os seus concidadãos.

Habituem-se! (se fosse para os trabalhadores seria assim que diriam, no mínimo)
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