sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Do que um homem é capaz

1
Do que um homem é capaz
As coisas que ele faz
Para chegar onde quer
É capaz de dar a vida
Pra levar de vencida
Uma razão de viver
2
A vida é como uma estrada
Que vai sendo traçada
Sem nunca arrepiar caminho
E quem pensa estar parado
Vai no sentido errado
a caminhar sozinho
3
Vejo gente cuja vida
Vai sendo consumida
Por miragens de poder
agarrados a alguns ossos
No meio dos destroços
Do que nunca onde fazer
4
Vão poluindo o percurso
Co’ as sobras do discurso
Que lhes serviu pr’ abrir caminho
À custa das nossas utopias
Usurpam regalias
P’ra consumir sozinho
5
Com políticas concretas
Impõem essas metas
Que nos entram casa dentro
Como a Trilateral
Co’ a treta liberal
E as virtudes do centro
6
No lugar da consciência
A lei da concorrência
Pisando tudo pl’o caminho
P’ra castrar a juventude
Mascaram de virtude
O querer vencer sozinho
7
Ficam cínicos, brutais
Descendo cada vez mais
P’ra subir cada vez menos
Quanto mais o mal se expande
Mais acham que ser grande
É lixar os mais pequenos
8
Quem escolhe ser assim
Quando chegar ao fim
Vai ver que errou seu caminho
Quando a vida é hipotecada
No fim não sobra nada
E acaba-se sozinho
9
Mesmo sendo os poderosos
Tão fracos e gulosos
Que precisam do poder
Mesmo havendo tanta gente
P’ra quem tudo é indiferente
Passar a vida a morrer
10
Há princípios e valores
Há sonhos e amores
Que sempre irão abrir caminho
E quem viver abraçado
À vida que há ao lado
Não vai morrer sozinho
E quem morrer abraçado
À vida que vai ao lado
Não vai viver sozinho

"E quem viver abraçado à vida que há ao lado não vai morrer sozinho".
Dedico esta extraordinária canção a todas e todos quantos, para além dos discursos e das bonitas palavras, fazem realmente e genuinamente alguma coisa pelos que mais sofrem.
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