sábado, 10 de janeiro de 2009

Como favorecer a corrupção e o compadrio às claras

Permitir a adjudicação de empreitadas de obras públicas até 5,1 milhões de euros e o aluguer ou compra de bens móveis ou prestação de serviços até até 206 mil euros, sem concurso público, recorrendo ao ajusto directo, é não apenas pagar mais por esses trabalhos, mas acima de tudo, um convite ao compadrio e à corrupção, num domínio, o do municipalismo, onde as relações de proximidade e confiança, entre as partes dos negócios, são muito sensíveis, mesmo débeis e onde, certamente, não por acaso, são conhecidos os maiores (ou mesmo os únicos) casos de corrupção, compadrio e de relações perigosas, precisamente nesse particular da construção e obras públicas.

Por isso, não deixa de ser muito preocupante e difícil de perceber esta proposta do Governo Sócrates. Com ela, para além de favorecer e estimular, a corrupção, o nepotismo, uma rede de interesses, é uma ferida aberta, no que se refere à transparência, controlo, um escrutínio público na hora, e uma facada na gestão cuidada e rigorosa dos dinheiros públicos.

Peço ajuda. Por muito que me esforçe não consigo perceber mesmo esta medida. A não ser que seja mesmo, o que referi acima; um descarado favorecimento e estímulo à corrupção e compadrio, para beneficiar os poderes dos senhores da terra.
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