Uma auditoria às contas do BPN revelou um buraco de 1800 milhões de euros (no inicio falava-se em 800 milhões), devido à sobrevalorização dos activos. Esta fraude que nunca foi(?) descoberta pelos auditores da BDO Binder que certificava as contas, foi agora desvendada pela Deloitte no apuramento das paridades.
É mais um capítulo vergonhoso desta triste história: uma instituição financeira fraudulenta durante anos, BPN, um (só) Administrador acusado, Oliveira e Costa, uma auditora financeira, BPO, que não conseguiu ver o que estava à vista desarmada, fraudes atrás de fraudes, uma supervisão, Banco de Portugal, muita distraída que não supervisiona, um Governo que nacionalizou sem cuidar de saber a dimensão do buraco financeiro. Ainda agora a procissão vai no adro e já se adivinha que a coisa não vai ficar por aqui.
Entretanto o Governo, através do Ministro das Finanças, quer-nos fazer crer que os contribuintes não vão suportar os custos destas trafulhices, da nacionalização e da recuperação do BPN (e do BPP). Confesso a minha perplexidade. Não sendo os contribuintes serão quem? A nacionalização tem custos, tem buracos financeiros, o BPN vale pouco. Quem vai pagar isto? O justo seria que fossem os ex-administradores responsáveis e os accionistas e até em parte os depositantes, porque não? mas não, o Governo já lhes deu garantias de que isso não sucederia. Por seu lado, os contribuintes, já estão a pagar, que é o que acontece, quando há fuga e fraude fiscal e não entram os dinheiros devidos nos cofres do Estado. Ou não será assim?
Um pouco de vergonha na cara ficava-lhes bem.
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*Senhora presidente, o mundo não devia habituar-se à morte de
palestinianos. A ver morrer crianças palestinianas à fome. A ver mães
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