sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Militantes do PCP recusados nas listas autárquicas levam à auto-exclusão dos restantes

Já era conhecido nos círculos próximos. Agora penso já ser do domínio público: a direcção do PCP (regional ou nacional), depois de indicar Rui Viana como primeiro candidato à Câmara Municipal de Viana do Castelo e lhe ter dado "luz verde" para formar a sua equipa, assim como para a Assembleia Municipal, acabou por recusar os nomes que o acompanhariam, posto o que, Rui Viana e restantes elementos, recusaram de todo participarem na lista da CDU.

Ao que soube, Rui Viana tinha conseguido reunir uma excelente equipa à sua volta e tinha um trunfo muito forte como primeiro nome na Assembleia Municipal: o Dr. Alberto Midões, conhecido médico-cirurgião, em tempos Vereador da CDU, uma figura estimada na cidade, um valor que arrastaria consigo (como arrastou quando se candidatou a Vereador pela CDU já lá vão uns anos), um alargado grupo de pessoas de vários quadrantes políticos, não apenas pelas suas qualidades pessoais, mas, sobretudo, pela sua competência para o lugar, inteligência, experiência, capacidade de trabalho, homem de combates, e de uma honestidade a toda a prova.

Rui Viana acreditou no impossível no PCP: conseguir, antes de tudo, reunir à sua volta pessoas capazes e com "ligações" ao partido, ainda que críticos e alguns, agora, creio, apenas militantes por razões afectivas. Seria fazer a quadratura do círculo. No PCP não à margem para quem, mesmo sendo militante, mesmo tendo um passado de dedicação, de serviço ao partido, "um dia", questionou, interrogou, teve dúvidas (ou certezas), ousou manifestar internamente as suas preocupações e críticas. Apenas posso lamentar: porque conheço razoavelmente bem Rui Viana da militância política e partidária (fazendo caminhos paralelos) e doutras actividades cívicas em que está envolvido, mas sobretudo nos últimos tempos, enquanto deputado municipal pela CDU (eu pelo Bloco), como um dos melhores (muito melhor que eu) e dos mais activos dos seus membros.

É assim o PCP: não tem remédio.
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