segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vender a Amorim e a Eduardo dos Santos por patriotismo


Sócrates em entrevista ao Diário de Notícias de ontem, a propósito da venda da Galp a Américo Amorim diz que o "Governo se limitou a agir de forma patriótica e impedir que a empresa passasse - como estava tudo preparado - para mãos italianas [a empresa ENI]".

Louçã recordou entretanto: "esses italianos da Eni, perigosíssimos, compraram um terço da Galp porque um determinado ministro, chamado Pina Moura, de um governo em que estava um outro ministro que se chama José Sócrates, aceitou que eles ficassem, perigosos como são, com um terço da Galp".

"Já começam a perceber a tramóia", observou: "o Governo, que é um grande patriota, no seu tempo anterior, vendeu um terço aos italianos, e o grande patriota no governo seguinte vende a Amorim e ao dinheiro angolano porque não quer que alguém venda aos italianos." Para Louçã, "Sócrates foi patriota contra ele mesmo": primeiro vendeu aos italianos e depois, para não vender mais aos italianos, vendeu a Amorim e ao presidente angolano.

O coordenador do Bloco fez ainda notar que o governo vendeu 1/3 da petrolífera por 1700 milhões de euros quando "todos os bancos consultados sobre qual era o valor da Galp" disseram que esta "valia mais 1000 milhões de euros": "Logo na venda o Estado perdeu, os portugueses perderam", acrescentou.

Pior ainda, Amorim e José Eduardo dos Santos ganharam em dividendos e em apenas dois anos, 1500 milhões de euros. "Quer dizer: em três anos já recuperaram tudo e já estão a ganhar. E nos anos seguintes só ganham."
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