quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Já não há corrupções lícitas

A partir de agora, com o fim da distinção da corrupção para acto lícito e acto ilícito, já não há "desculpas" que justifiquem a corrupção, mesmo que o PS o continuasse a desejar.

Mais uma derrota para o PS, assim se evidenciando, depois da marcha-atrás na avaliação dos professores, das taxas moderadores em internamentos e da suspensão do código contributivo, como foi importante o PS ter perdido a maioria absoluta -e que mostra também a incapacidade (e falta de vontade) do PS em governar em consensos, ou com a esquerda como seria natural, ou mesma com a direita -mas apenas e só em arrogância (desculpem queria dizer maioria) absoluta.

Se esta lei tivesse em vigor quando Domingos Névoa da Bragaparques foi condenado por corrupção para acto lícito, não teria sido condenado a pagar uma multa ridícula de 5 mil euros -quando tentou corromper Sá Fernandes com 200 mil euros para um negócio que lhe valeria uns milhões de euros- mas antes seria preso, necessariamente.

Agora falta avançar com a aprovação das outras propostas de combate à corrupção, nomeadamente o enriquecimento ilícito, o levantamento do segredo bancário e sobre as mais-valias urbanísticas, decorrentes de alterações da classificação urbanística dos terrenos. Já nestas matérias, dúvida-se que a coisa vá para a frente. Na verdade o PS, PSD e CDS nunca estiveram verdadeiramente interessados em dar um combate efectivo à corrupção. Eles saberão porquê.
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