
Ora, como diz Carvalho da Silva, esta posição dos patrões é uma grande falácia a que se somam outras: Por um lado cultivam a "institucionalização da crise" a servir de pretexto para "limitar negociações" agora e no futuro, por outro, porque este montante, no conjunto da massa salarial, representa um valor insignificante, estimado à volta de 0,5 por cento, por fim, porque os custos salariais são apenas um elemento dos custos de trabalho e seguramente, não o mais importante.
É interessante constatar que são sempre os custos salariais a serem "convocados" quando se fala em dificuldades das empresas, raramente sendo chamados os restantes custos (do negócio) e destes os mais evidentes, como a electricidade, as comunicações, os juros de empréstimos, para me ficar apenas pelas áreas de negócio que dão chorudos lucros.
Pois é, eles protegem-se uns aos outros. Lastimável é estarem sempre com a mesma ladainha.
Meus senhores, nenhum trabalho a tempo inteiro (e nas condições em que a maior parte deles é executado - sem horários fixos, sem condições e sem direitos dignos) merece um salário de 475 euros. Deixem-se de tretas! Esse choradinho já não cola!
Triste, muito triste é verificar que o salário mínimo em 2009 vale hoje menos que o salário mínimo em 1974. Uma vergonha e uma exploração dos novos e velhos ricos. O 25 de Abril não foi feito para isto.