terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Merda para o FMI ... e para o nosso Governo.


Se bem entendo, Portugal está numa espécie de banca rota. Por um lado a sua dívida externa é superior à riqueza produzida em bens e serviços. Por outro a gestão dos dinheiros de Estado continua ruinosa: O Estado gasta mais mais do que arrecada.

Todos os anos é isto: aumenta a dívida externa e também não se consegue controlar o défice. Perante isto o que fazem os nossos governantes, alinhados com os opinadores habituais? São pedidos sacrifícios aos de sempre; aos trabalhadores, às famílias pobres e também, nos últimos anos, às classes médias.

Um pedido de esforço desigual, uma repartição de sacrifícios indecorosa ... convenhamos: os bancos, as grandes empresas, os grandes e médios empresários, os banqueiros, os gestores, os administradores das empresas públicas e privadas, os senhores poderosos, continuam a acumular grandes riquezas, lucros pornográficos, mordomias inaceitáveis. E a fugir aos impostos, a branquear capitais, etc, etc. Uma vergonha, enfim.

E no meio destas dificuldades surge o impensável, o improvável, o inadmissível: o Governo prepara-se para emprestar 140 milhões de Euros a Angola. A Angola! Um país governado por uma família de cleptómanos e cleptocrático. Um país rico em recursos naturais. Um país que é pobre porque é governado por ladrões e corruptos.

Não sei como adjectivar isto: um país de endividados, das contas descontroladas, de dois milhões de pobres, de mais de 600 milhões de desempregados (um país que não tem dinheiro para pagar o subsidio de desemprego a mais de 200 mil trabalhadores desempregados), é este país que vai "emprestar" 140 milhões de euros. Nada contra os angolanos, nada contra o apoio a quem precisa mais do que nós, nada disso. O problema mesmo é fazerem de nós papalvos ...com todo o descaramento.

Angola precisa de apoio. Precisará, talvez. Como precisam outros países a quem nos ligam laços afectivos e dívidas impagáveis de 500 anos de colonialismo. Mas Portugal não tem condições ... como país, neste momento. Quem puder que pague. Façam campanhas, peditórios, acções de solidariedade. Não peçam é para todos pagarem. Precisamente, porque alguns não podem pagar, bem pelo contrário, precisam é do apoio do Governo do seu país. 140 milhões de euros davam para que apoios sociais em Portugal? E que se foda o FMI! E que se fodam os nossos governantes.
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