Jerónimo de Sousa, há pouco mais de um mês, em declarações à imprensa, surpreendeu ao propor "uma convergência das esquerdas" a todas as "forças políticas, forças sociais, personalidades que se identifiquem com a necessidade de ruptura", sublinhado com um "nós não excluímos ninguém" para incluir o Bloco de Esquerda, numa "alternativa de esquerda" destinada a romper com a política do PS.
Agora, na intervenção de abertura do XVIII Congresso do PCP, Jerónimo de Sousa, se dúvidas houvesse, vem mostrar que é um político falso, como tantos outros e que afinal aquela proposta não passava de uma manobra de diversão, tal como aliás, afirmei aqui.
Disse Jerónimo de Sousa no Congresso.
. Sobre os socialistas de esquerda do PS: "as suas movimentações" visam travar a "erosão do PS", "alimentar ilusões" e tentar "suster" a subida dos comunistas.
. Sobre o encontro das esquerdas em 14 de Dezembro: "o desenvolvimento de outros projectos políticos tenderão para assegurar as condições que permitam a sobrevivência da política de direita".
. Sobre o Bloco de Esquerda: "um partido social-democratizante disfarçado por um radicalismo verbal esquerdizante", "a sua concorrência é sempre contra o PCP, caindo muitas vezes no anticomunismo".
Sendo assim a sua proposta de "convergência das esquerdas" e da criação de uma "alternativa de esquerda", reduz-se, como sempre à "velha" CDU. Tanta treta para nada. O PCP como se vê não está interessado (nem valoriza) qualquer esforço de entendimentos à esquerda. O PCP tem uma cultura de controlo e de vanguarda que impedem qualquer unidade na diferença.
As nomeações que vão sendo anunciadas pela futura administração Trump são
todas saídas da lista de entertainers modernos, “influencers” sem lugar na
tóxica...