sexta-feira, 26 de junho de 2009

Uma pausa


Uma pausa para um descanso, uma reflexão sobre a minha presença na blogosfera, um repensar sobre os temas principais tratados ou a tratar, uma razão para continuar. Entretanto vou fazendo experiências para um novo template. Hei-de voltar, não sei é quando. Pode ser uns dias, umas semanas, uns meses. Depois voltem comigo, sim? Obrigado pela Vossa paciência.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uma tarde de praia espera por mim


Um bom dia de trabalho para quem ainda não está de férias!

domingo, 21 de junho de 2009

Um bom domingo!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um passo atrás agora para dois passos à frente a seguir


Os trabalhadores da Auto-Europa decidiram em plenário recusar trabalhar aos sábados, concretamente em seis sábados num ano, pagos como trabalho normal e não como trabalho extraordinário, no caso de um pico de trabalho o justificar, e para os trabalhadores que já tivessem beneficiado de 22 dias sem produção este ano. Em contrapartida não haveria despedimentos dos 250 trabalhadores contratados a prazo durante 2 anos, nem seria necessário fechar um dos turnos ou o recurso a soluções tipo lay-off.

Ao que li o pagamento de seis sábados como trabalho normal e não como extraordinário, grosso modo, significa uma perda por trabalhador de 150 euros num ano. Sinceramente 150 euros nada valem se do outro lado estão garantias importantes e extremamente solidárias como: a) a garantia da permanência de emprego, durante 2 anos, para os 250 trabalhadores contratados a prazo b)a garantia de continuação dos turnos, com todas as consequências, em termos salariais e como garantia do posto de trabalho c) o não entrar em conflitos perigosos em tempos de refluxo do movimento dos trabalhadores.

Não será o melhor acordo, certamente. Haverá aproveitamentos da conjuntura para retirar regalias ou suspender direitos. Mas é um acordo bom. Especialmente porque salvaguarda princípios de solidariedade com trabalhadores precários, não cria dificuldades acrescidas à economia local, empresas e trabalhadores, que dependem da Auto-Europa.

É verdade que os trabalhadores da Auto-Europa, de alguns anos para cá, têm perdido algumas coisas, mas também parece ser verdade que em matérias de direitos, regalias, condições de trabalho, remunerações se encontram bem à frente de outros trabalhadores da mesma área de actividade. E tal deve-se em muito, não apenas à capacidade reivindicativa dos trabalhadores mas à capacidade, sagacidade, inteligência da Comissão de Trabalhadores e em especial do seu coordenador, António Chora, agora, mais do que nunca, atacado de forma infame por sectores ligados ao PCP. É olhar para alguns blogues e especialmente para as paletes de comentários injuriosos espalhados pela blogosfera.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A díficil decisão dos trabalhadores da Auto-Europa

Não é fácil, nestes tempos, aos trabalhadores tomarem decisões, sobre a diminuição de direitos ou regalias, se confrontados com ameaças de despedimentos ou o fecho da empresa, como forma de sobreviver à crise instalada. Não é fácil sendo verdadeiras ou falsas as razões. A crise não é uma invenção. A dificuldade de algumas empresas é efectiva. Mas também outras, a pretexto da crise, despudorada e mentirosamente, servem-se da situação, para fazer chantagem e atacar os direitos sociais.

A mim não me custa nada aceitar a suspensão de direitos ou mesmo a perda de benefícios, se o objectivo é salvar postos de trabalho, de todos ou de alguém em particular, sendo reais as dificuldades, mesmo considerando que as empresas teriam o dever moral de usarem as “reservas” dos tempos de lucros, para enfrentar os novos problemas, antes de fazer recair sobre os mesmos, os custos todos ou maiores, das novas contrariedades.

Tenho de António Chora, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Auto-Europa, a imagem de uma pessoa séria, verdadeiramente empenhado em defender os interesses dos trabalhadores, mas também a de um hábil negociador. Sabendo onde e como avançar, recuar ou ceder. O pré-acordo entre a Comissão de Trabalhadores e a Admnistração da Auto-Europa, recusado maioritariamente em assembleia geral dos trabalhadores, ao que julgo saber, implicava uma solução de consenso: os trabalhadores aceitariam trabalhar metade dos sábados (em altura de picos usando os dias de saldo existentes) sem direitos a compensações remuneratórias extraordinárias (a empresa queria todos os sábados) e a empresa comprometia-se a não despedir trabalhadores efectivos e contratados e a readmitir os trabalhadores que foram despedidos e que tinham sido contratados a termo.

A mim, parecia-me uma proposta realista, sabendo-se que a crise no sector automóvel é concreta –vende-se menos, mesmo que a Auto-Europa, seja a empresa onde menos se fez sentir a quebra. Mas como disse, António Chora, os resultados dos trabalhadores são para respeitar. Contudo e na linha do que disse atrás, Chora fez o que eu faria: em primeiro lugar preservar os postos de trabalho e garantir readmissões de trabalhadores despedidos, e para isso aceitar a diminuição temporal de direitos de forma equilibrada. A maioria dos trabalhadores, 51% não aceitou esta proposta. Espero apenas que não sejam irredútiveis. Recuar não é resignação ou derrota; é o resultado de uma avaliação dos perdas ou ganhos de uma posição conjuntural. O que importa salientar é que a decisão foi uma decisão livre e ponderada dos trabalhadores. Espero que tenha sido a melhor, para eles e para todos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Aniversário

Há precisamente 4 anos dei entrada neste mundo espantoso da blogosfera. Exactamente no dia do funeral de Álvaro Cunhal. Depois da apresentação este foi o meu primeiro post a sério. Aqui fica como registo:

hoje estou de luto


Hoje é o funeral de um homem bom. Sim, Cunhal era um homem bom. Um homem que dedicou uma vida aos outros. Que abdicou de uma vida própria, para se entregar a causas nobres. Fica a memória e o exemplo. Um dos meus heróis. Hoje, esqueci-me das minhas divergências políticas para lembrar as convergências com os seus ideais, mais profundos.

sábado, 13 de junho de 2009

Ataque infame na ressaca de uma dor de cotovelo

O PCP teve um bom resultado nas europeias. Como teve o PSD o CDS e o Bloco de Esquerda. Só que os resultados de uns foram melhores que outros, mesmo assim, como teria de ser. Desde logo o do PSD ao bater o PS contra todas as expectativas e todas as sondagens. E depois o Bloco porque obteve o melhor resultado eleitoral de sempre, dobrando o número de votos, triplicando o número de deputados e sendo a terceira força política mais votado, logo a seguir do PSD e PS. As coisas são como são. Os votos de cada partido são a expressão, no momento, do merecimento que os eleitores lhes atribuem. Quem decide o que cada um vale são os eleitores, goste-se ou não. Mas há sempre quem se sinta injustiçado. É normal. Normalmente são desculpas para esconder as suas próprias fragilidades: Em captar apoios, capitalizar descontentamentos, em fazer passar a sua mensagem. Apesar de ter crescido eleitoralmente o PCP ficou com uma dorzinha de cotovelo. Foi visível na noite eleitoral. E está a custar-lhes muito. A razão foi a do Bloco ter alcançado o PCP em número de votos e de deputados. Compreendo-os. Mas a democracia é isto. Os eleitores fazem as escolhas que entendem melhor. E se deram mais votos ao Bloco que ao PCP, desta vez, foi porque considerou ser mais merecedor. Não faz pois sentido tanta acidez e ataques infames contra o Bloco por causa disso. Veja-se este artigo no Avante de que extraio esta parte: "não pudemos deixar de reparar no brilho dos olhos dos dirigentes e eleitos do Bloco de Esquerda, exorbitados, bebendo as palavras de Sócrates, aguardando algum sinal que lhes desse poleiro. Ficou à vista o que pretende este agrupamento político que se veste de esquerda para arrebanhar votos do PS. Não para a ruptura e a mudança. Mas tão só para alcançar o degrau, o banco, a cadeira, o lugar à mesa de uma esquerda que faz a política de direita. Tal como inchou o balão do BE na noite das eleições, vai esvaziar certamente na frustração do poder. Ou, no caso de a tentação ser grande e sagaz a esperteza de quem os levou ao colo durante todas as campanhas e mesmo fora delas, se vier a concretizar-se a aliança de um casamento a bem-da-nação, o balão nem sequer esvazia. Rebenta mesmo." Simplesmente lamentável!

Maio Maduro Maio


Para o Vosso fim-de-semana um grande álbum nas vozes de José Mário Branco, João Afonso, Amélia Muge sobre canções de José Afonso. Todas lindas. Umas menos conhecidas ou menos cantadas. O meu destaque para "de não saber o que me espera". Uma música contra a guerra colonial, presumo.

De não saber o que me espera
Tirei a sorte à minha guerra
Recolhi sombras onde vira
Luzes de orvalho ao meio-dia

Vítima de só haver vaga
Entre uma mão e uma espada
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda

Viemos pelo sol nascente
Vingamos a madrugada
Mas não encontramos nada
Sol e àgua sol e àgua

De linhas tortas havia
Um pouco de maresia
Mas quem vencer esta meta
Que diga se a linha é recta

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Acreditar, ganhando confiança com os resultados nas europeias

A derrota do PS nas europeias é a vitória dos que votando, não votaram no PS. Apenas destes. Quem optou por não votar não pode reclamar méritos. Os abstencionistas resignam-se e resignaram-se.

Para mais de seis milhões de eleitores, tirando os casos dos que não puderam mesmo, parece-lhes ser indiferente o que se passa à sua volta. No mínimo é equívoca a sua posição. Sendo que muito claro, mais claro que a água, é que os abstencionistas conscientemente não quiseram castigar o PS e o Governo, onde tinha de ser castigado, sem suscitar dúvidas, nas urnas. Quem opta por não votar, efectivamente, não concorre para as transformações necessárias. Favorece quem está no poder. Ou quem alterna no poder. Não promove, não anima, não contribui para as mudanças profundas que a sociedade precisa, afastando do poder os partidos do Bloco Central. Quem não vota não dá sinais do que quer, verdadeiramente.

Já quem colocou o seu voto na urnas não votando no PS, levantou de modo inequívoco, um cartão de censura e repulsa ao Governo Sócrates. Foram mais de dois milhões e seiscentas mil. Desta vez ganhou o PSD. Tem sido assim: umas vezes o PS outras o PSD. Um dia ganharão as esquerdas. Os sinais são entusiasmantes. O Bloco e o PCP subiram bastante. Mais o Bloco. Triplicando o número de deputados. Assim queiram trilhar os caminhos de uma alternativa de poder, séria e credível.

Não tendo podido votar no Bloco muitos o fizeram por mim: Nas freguesias urbanas de Viana do Castelo, o Bloco obteve 17,82% (580 votos) na Meadela (a minha freguesia), 18,6% (773 votos) em Santa Maria Maior, 18,32% (332 votos) em Monserate e 19,87% na Areosa (277 votos). No Concelho teve 12,86% (4015 votos) e no distrito 9,26% (9038 votos). O Bloco passou a terceira força em 5 concelhos; Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Ponte da Barca. Extraordinário!

terça-feira, 9 de junho de 2009

De volta de umas pequenas férias

Aqui estou de volta depois de um descanso de algumas horas a recuperar de quase 24 horas seguidas sem dormir e de um desarranjo intestinal de 3 dias, enfim, já resolvido. Sobre a Tunísia tenho pouco a dizer. O programa foi curto mas deu para constatar estar perante um país simpático e um povo muito acolhedor, com uma história e uma cultura rica e entusiasmante. Contactar com as Medinas (cidades antigas) em Tunis e em Souce, ver o modo de vida das pessoas, olhar o comércio, negociar os preços nas compras, visitar uma fábrica de produção de perfumes naturais, o Museu Arqueológico do Bardo, as Termas de Cartago, assistir (do lado de fora) às orações muçulmanas numa Mesquita, entrar num Mausoléu e finalmente assistir a representações ao vivo dos usos e costumes e a um fabuloso espectáculo multimédia da história da civilização Tunisina, foram momentos marcantes e inesquecíveis. O pior mesmo foi o desarranjo intestinal provocado pela gastronomia local. Que gostei, diga-se mas que foi demasiada “excitante” para o meu estômago. Deixo-vos com uma fotografia minha em "pose". As outras ficarão guardadas no Facebook. E agora vou ver se escrevo qualquer coisa sobre as eleições europeias. Não imaginam o quanto fiquei contente com os resultados. Mesmo que o PSD tenha ganha. O PS teve o castigo que merecia, infelizmente sem a minha contribuição. Mas que não esperem pela demora.
 

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