sexta-feira, 31 de julho de 2009

Joana Amaral Dias: confirma-se a sem-vergonha do PS

Francisco Louçã no Facebook conta a verdade dos factos sobre o caso Joana Amaral Dias. Que cada um tire as suas conclusões. As minhas são conhecidas: Sócrates e Cª são uns mentirosos, mal-educados, compram ou tentam comprar as pessoas para atingir os seus fins. Joana Amaral Dias não se rendeu aos encantos das mordomias em troca da perda da sua dignidade. Francisco Louçã fez o que lhe competia: denunciar a indecência e a falta de vergonha dos dirigentes do PS.
Segue-se o artigo de Francisco Louçã.

Fim da telenovela

É agora tempo de recapitular a novela do convite do PS a Joana Amaral Dias. E de encerrar o assunto.
Na 6ªf passada, a Joana telefonou-me a comunicar que tinha sido convidada pelo PS e que tinha recusado. Nessa tarde, a TVI soube por ela desses convites para a lista de Coimbra do PS e para cargos em funções de Estado e deu essa notícia no Jornal Nacional.

Esperei pelo dia seguinte para comentar o assunto, depois da própria ter confirmado o convite ao Público e RTP. O PS poderia ter desmentido ou comentado. Não o fez. Quando há conversas entre duas pessoas, convém ouvir as duas partes. Mas o silêncio é confirmação.

Como o silêncio se manteve perante uma acusação grave, comentei o assunto no sábado, no Barreiro. E dei conta desta iniciativa do PS que pretendia obter um apoio partidário com a promessa de cargos públicos. Critiquei o PS porque esta forma de actuação é contrária ao princípio republicano de separação entre os partidos e o Estado.

A partir desse dia, o PS e o governo lançaram-se furiosamente ao ataque. Sócrates falou duas vezes sobre o assunto, desmentindo categoricamente o convite (no sábado e no domingo). Vieira da Silva chamou-me “mentiroso” no domingo. O porta-voz do PS fez duas conferências de imprensa para me insultar e para me exigir um pedido de desculpas.

Nenhum desses insultos me afecta. E o convite a uma militante do BE para uma lista do PS é somente um pequeno episódio, pouco importante, que se resolve com a consciência de cada um. Nada disso merece uma notícia nem um debate.

O que merece e exige debate é um valor essencial: o da independência das funções públicas em relação aos interesses partidários. E por isso o esclarecimento do que se passou é relevante.

Uma investigação jornalística da Visão acabou hoje com as dúvidas. A Visão demonstrou que foi um membro do governo, o secretário de Estado Paulo Campos, quem fez os convites. Segundo ele próprio, tinha “carta branca” de Sócrates. Medeiros Ferreira, do PS, confirmou o convite. Um membro muito destacado do PS confirmou a Rui Tavares o convite. E outras fontes do PS confirmaram o facto à Visão.

Depois da divulgação do caso, Paulo Campos, que estava a constituir a lista do PS em Coimbra, ficou fora da candidatura.

O PS mentiu.
O próprio Paulo Campos recusou responder à Visão durante dois dias sobre este assunto. Recusou responder ao telejornal da TVI, que ontem divulgou a notícia. Preferiu responder somente ao Público, com a afirmação curiosa de que não tinha feito nenhum convite mas que os “contactos pessoais” que tinha feito não eram do conhecimento de Sócrates. Acredita quem quer.

Entretanto, o secretário de Estado falou para a TVI dizendo que as suas conversas tinham sido pessoais mas recusando-se terminantemente a confirmar ou a negar que essas conversas pessoais tenham incluído convites políticos. A atrapalhação é evidente.

Assim, a telenovela chega ao fim. Existiu mesmo o convite. Foi um membro do Governo quem o fez. E cada um pode imaginar se o Primeiro-ministro sabia ou não dos convites que um membro do governo estava a fazer. Só há duas hipóteses. Ou José Sócrates não sabia, e isso quer dizer que não tem mão no seu Governo, o que é revelador; ou sabia e é grave por ter jogado com as palavras para fugir à verdade.

No fim de tudo, fica sempre o mesmo problema. Deve um partido usar o seu poder para prometer cargos públicos a troco de apoios? Não deve nem pode. A democracia exige valores e responsabilidade.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Um recado para dentro

Daniel Oliveira elaborou um post muito enigmático muito virado para dentro, para o seu partido, o Bloco de Esquerda. Sendo uma declaração de princípios, com a qual concordo em absoluto, permito-me ler nas suas linhas, uma manifestação de desagrado, um recado com destinatários precisos, uma exteriorização de um estado de alma, perante um discurso público coerente, criterioso, sobre princípios e valores de uma esquerda consequente e uma prática que confronta, na dimensão do respeito pelas diferenças, na opinião descomprometida e livre ou em algumas práticas menos “convencionais”, com a evidência implícita, quando não mesmo clara, de sinais de alinhamentos com os principais dirigentes (ou com as forças políticas que incorpora) sob pena dessas opiniões e posições, poderem ser olhadas com alguma desconfiança sobre a fidelidade ao partido. Naturalmente esta postura entronca com o projecto de um partido plural das esquerdas anti-capitalistas. Ser “bloquista” é estar comprometido com um projecto. Não é assumir o partido como um clube de futebol ou uma religião. Correndo o risco de alguma presunção, Daniel Oliveira partilha comigo, se estou e tenho interpretado bem as suas posições públicas, muitas das preocupações sobre os caminhos do Bloco e certas atitudes erradas que contaminam, pensamentos e práticas, que tendo sido comuns nos grupos que deram origem ao Bloco, e a dada altura parecendo banidos estão a crescer, com o crescimento do Bloco, como a propósito do caso Joana Amaral Dias me referi no anterior post, na linha aliás de outros que produzi sobre estes temas.

sábado, 25 de julho de 2009

Sócrates um traficante político. Joana Amaral Dias um bom exemplo.

Ponto de partida: o Bloco de Esquerda é o meu partido. Melhor dito: o Bloco é o partido que apoio, com que colaboro, em quem votei em todas as eleições, de quem fui deputado municipal e dirigente. Clarificando: quando disse melhor dito quero significar que os partidos são para mim, apenas, instrumentos da luta política. Não sou de ninguém nem nada é meu. Empresto-me e espero empréstimos. Desculpem-me a filosofia barata. Esta inserção serve para dizer que penso ter o distanciamento suficiente para observar os factos políticos, as questões partidárias, as ideologias, as coisas da vida, sem amarras e por isso livres, apenas comprometido com a minha consciência, uma consciência que não pesa, nos valores, nas amizades, nas considerações pessoais, na solidariedade.

Depois de muitos anos de intervenção política e partidária e de um tempo igual de afastamento (neste lapso mais ligado à actividade associativa, ao sindicalismo, à carreira profissional), acreditei num novo projecto político há dez anos atrás: um projecto de reunificação das esquerdas, à esquerda do PS, de um PS rendido às políticas neo-liberais e esquecido das pessoas, da justiça social, da dignidade do ser humano mais frágil, mais exposto, mais pobre. Um projecto a ser construído no dia a dia, lado a lado com as lutas, todas as lutas, desta gente esquecida, ignorada, abandonada, desprezada. Um projecto sem preconceitos ideológicos, sem certezas, sem ideias feitas, onde a política e a ideologia se moldaria nas lutas populares, se inspiraria na irreverência dos jovens, na sabedoria dos mais idosos, na inteligência dos trabalhadores, neste novo tempo das liberdades, da modernidade e das tecnologias. Contra o centrão dos interesses. Por uma esquerda moderna. Uma esquerda de confiança. Por uma sociedade social e economicamente mais justa, sobretudo respeitadora da dignidade das pessoas

Ponto intermédio: hoje politica e ideologicamente não sei o que sou depois de ter sido no passado, comunista, marxista, leninista, maoista. Agora sou pouco dado a ismos e istas. Sem complexos e sem fantasmas. Mas se quisesse colar um rótulo diria que sou uma espécie de anarca-comunista ou socialista libertário. O que sei que sou, decididamente, é uma pessoa de esquerda, uma pessoa de causas e valores, alguém que se preocupa e luta contra as desigualdades, a injustiça, a indignidade.

Ponto final: nestas eleições vou continuar a votar no Bloco de Esquerda. Não confio nos partidos e nos políticos do “Centro Político”. Não acredito em regenerações do PS à esquerda. Os partidos do impropriamente chamado “arco da governabilidade” são os partidos dos interesses, do oportunismo, do clientelismo, dos favores aos ricos e poderosos. Nunca o interesse público, os trabalhadores, os mais pobres, os desfavorecidos, os mais frágeis, serão a sua angústia, a razão primeira das suas preocupações e prioridades. Resta-me o PCP ou o Bloco. Não será o PCP porque discordo da sua visão do mundo, da sua posição sobre a Europa, do seu patriotismo tonto, de um conservadorismo político e ideológico, da sua postura vanguardista, sectarismo e finalmente do seu modelo de sociedade ou dos países que lhe servem de referência. O meu voto é no Bloco de Esquerda pelo projecto, pelas propostas, pelo programa, pela forma e conteúdo do combate político, pela capacidade e competência dos seus principais dirigentes.

Post scriptum: o PS de Sócrates tentou "pescar" Joana Amaral Dias para as suas listas de deputados. Ofereceu-lhe também um lugar de chefia num Instituto Público. Joana Amaral Dias recusou ambos os lugares resistindo às mordomias. Mostrou ser digna e de confiança. Os bloquistas que tanto nela bateram quando esta se mostrou desgostosa por ter sido afastada da Mesa Nacional bem podem agora morder a língua. Esteve bem agora Francisco Louçã ao lançar-lhe um elogio público. Ser do Bloco não é ser "bloquista". Ser do Bloco é ser fiel às suas convicções e ao seu projecto inicial. Já o referi aqui: alguns militantes do Bloco estão a perder humildade, a ganhar sectarismo (por via do seu crescimento) e a sofrer de uma doença muito típica dos grupos de antigamente: a partidarite. Sobre esta investida de Sócrates o pior da política e da pessoa: a falta de vergonha, a traficância política, enfim o PS e Sócrates no seu melhor.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fazer acontecer: Programa autárquico do Bloco de Esquerda

A candidatura do Bloco de Viana do Castelo à Câmara e Assembleia Municipal conta com o meu apoio. O cabeça de lista à Câmara é Jorge Teixeira, arquitecto, professor na Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Actualmente é um dos dois deputados municipais do Bloco, curiosamente em minha substituição. Francisco Vaz, professor na Escola Secundária de Monserrate e membro da Assembleia de Freguesia de Monserrate é agora o primeiro candidato à Assembleia Municipal. Nas duas últimas eleições foi este Vosso amigo o candidato. Fica explicada em parte a minha ausência da blogosfera: tenho estado a colaborar, um pouco, com estes meus amigos e com o Bloco, obviamente.

Ver blogue da candidatura (em construção).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Costa ou Santana? Terá de ser assim?

Não é indiferente ser Santana Lopes ou António Costa o próximo presidente da Câmara de Lisboa. Santana Lopes é um político trapalhão, inconsequente, leviano. Não tem projectos consistentes em nada, move-se por vaidades e impulsos, elegendo uma obra espaventosa para deixar a sua marca, sem olhar á utilidade, aos seus custos, às prioridades. Quem vier atrás depois que pague a conta ou feche a porta é o seu lema. É por demais conhecida também, a forma leviana, negligente e irresponsável como gere as relações pessoais e os negócios, como se deixa enredar, mesmo que sem dar por isso, quero acreditar, em teias de interesses. Com ele, ganharam os amigos, ganharam os trafulhas, ganharam os chicos-espertos e perdeu a cidade e os munícipes.

Com António Costa há diferenças. Mais político, mais astuto, com outras ambições políticas, aposta em deixar uma boa imagem, em apresentar resultados para memória futura … à esquerda. Por outro lado, agarrado a “prometimentos” passados, a “comprometimentos” de esquerda, por via das movimentações políticas de organizações e pessoas, por acordos com o grupo de Sá Fernandes e possivelmente de Helena Roseta, é razoável admitir, uma ideia e um projecto, minimamente consistente para a cidade. Bastaria isto, pois, para dizer que não é indiferente ser António Costa ou Santana Lopes o próximo presidente da Câmara de Lisboa.

Mas sobram outras razões para análise a que uma pessoa de esquerda, especialmente, não pode deixar de ter em conta, para decidir o seu voto ou votar em António Costa:

a) Em primeiro lugar não violentar a nossa consciência e não embarcar na chantagem do voto útil, o que passa por entregar o nosso voto, sempre, a quem, em nossa opinião, o merece de facto, seja por melhor identificação com os protagonistas, por uma maior concordância com um programa e finalmente, pelo projecto político em que acreditamos, conquanto neste ponto com uma grande flexibilidade mental, não deixando que a partidarite e o sectarismo cegue, sendo que só assim seremos nós verdadeiramente, sem estar prisioneiros de maiorias artificiais “validadas” em votos úteis que não permitem mudanças.
b) Em segundo lugar porque uma convergência envolve discussão de programas, debate de ideias, mobilizações de cidadãos, movimentos, associações que pensam a cidade. E isso requer tempo, energias, negociações, consensos, escolhas de pessoas e atribuição de responsabilidades. E esse papel liderante caberia a António Costa no tempo certo. Não chega, não é honesto, convocar “unidades” em torno de nada, em forma de desespero, porque dá jeito agora, táctica e politicamente, porque ressoa a medo de perder as eleições ou porque prejudica as suas ambições políticas.
c) Em terceiro lugar, depois de ter chamado “partido parasita” ao Bloco de Esquerda, exigia-se um cuidado maior, um redobrar de esforços, para chamar esta força à convergência, sob pena de o Bloco perder um pouco a face perante os seus eleitores habituais.
d) Por último e muito embora tratando-se de eleições diferentes não adianta esconder que a governação de Sócrates atrapalharia sempre. Nada contudo que um bom programa, um bom acordo, uma intenção séria de chegar a uma plataforma unida da esquerda, não ultrapassasse essa dificuldade. Assim é que não!

Como nota final, quero reafirmar que me agrada ver Sá Fernandes na lista de António Costa. E que face aos problemas com o Bloco (e insisto em continuar a ver erros dos dois lados) não vislumbrava outra saída a Sá Fernandes. Torço para que realize um bom trabalho. Porque é uma pessoa competente, séria e porque tem um projecto capaz para a cidade, um projecto que é o sonho de um outro grande lisboeta, o arquitecto Gonçalo Teles.

Face ao que disse e nas actuais circunstâncias se votasse em Lisboa o meu voto seria em Luís Fazenda e no Bloco. Mas poderia ser, perfeitamente e sem preconceitos, na lista de António Costa, se as coisas tivessem sido feitas de outra forma. A forma de que falei atrás.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Biquínis

Há 60 anos deu-se uma grande revolução: o biquíni substituiu o fato de banho até aos joelhos. Todas as revoluções são bem-vindas!

Não há mesmo almoços grátis?

No meu almoço de despedida por reforma o Presidente do meu Sindicato andou quase 800 Km (ida e regresso). Todos os meus Chefes (incluindo o da região Norte), em trinta anos de empresa, também estiveram presentes. Contudo com todos eles tive grandes polémicas e com alguns mesmo problemas graves. Com o sindicato cheguei a ser suspenso temporariamente. Com um dos meus chefes levei um dia de castigo. Sem querer ser teimoso em ambos os casos a razão esteve do meu lado. Apesar disso a vida continuou sem eu deixar de dizer, quando entendia ser meu dever dizer, o que tinha para dizer e sem os responsáveis do Sindicato e da Empresa deixarem também de ter as suas próprias posições, quando discordavam das minhas. Será que não há mesmo almoços grátis? Com quem nos respeita não há diferenças ideológicas, por grandes que sejam, onde não caiba o reconhecimento.

A minha Solidariedade com Chora!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Com pessoas integras, sim, há almoços grátis. Solidariedade a Chora

A minha actividade política e partidária, creio já o ter dito aqui, surge ligada a um partido da extrema-esquerda, a OCMLP (Organização Comunista Marxista Leninista Portuguesa), a partir do contacto com o jornal clandestino o Grito do Povo que mãos amigas me fazia chegar, regularmente, à minha caixa do correio.

Mas a minha consciência política começa a ganhar forma antes, a partir dos 14 anos, quando ingresso no trabalho formal, nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, através do meu “chefe”, Manuel Carvalho, militante do PCP, uma excelente pessoa, felizmente ainda entre nós (que sempre encontro no almoço comemorativo do 25 de Abril, precisamente onde tudo começou –no refeitório dos Estaleiros Navais onde decorre a efeméride) ao decidir inscrever-me, pouco tempo depois no sindicato dos electricistas, certamente adivinhando na minha precoce irreverência, uma frescura e uma energia bastante, para dar um enquadramento político a uma rebeldia saudável e pura.

Mas foi com a mudança para a Portugal Telecom em 1970 (na altura CTT – ramo das telecomunicações), um ano ou dois depois, com a convivência de perto com outra pessoa excepcional, das melhores que conheci, uma pessoa inteligente e sensível, um colega de trabalho mais velho do que eu, igualmente militante comunista do PCP, o muito saudoso e querido amigo António Santos, já falecido, que fez despertar em mim, uma consciência política para coisas e situações que não cabiam no imaginário de um jovem, com apenas 16 anos de idade, mas já com uma vivência um pouco incomum.

De Manuel Carvalho e António Santos, apesar de termos seguido, posteriormente, caminhos eu diria paralelos, em termos partidários, guardo ensinamentos e postura de vidas, que me fizeram um homem diferente. Uma abertura e respeito pelas opiniões contrárias, a sensibilidade para as questões sociais, para a justiça social, a igualdade a solidariedade e o reconhecimento devido a quem nos respeita, mesmo quando estamos em campos políticos opostos. Tenho a certeza que nunca chegarei a fazer justiça a esses ensinamentos.

Não foram somente estes meus dois companheiros, naturalmente, a formar a pessoa que hoje sou. Muitos outros ajudaram-me a tornar um homem melhor. (Embora não seja grande coisa, digo eu e dirão outros – mas sei que, apesar de tudo, não sou um mal tipo). Alguns deles partilhando a militância política. Com todos os problemas, erros, sectarismos, oportunismos dos grupos da extrema-esquerda, a militância política e partidária, muito intensa e generosa, a actividade sindical, a ligação ao associativismo, o ser treinador (presidente, massagista, motorista, companheiro, amigo) de Andebol de um grupo de jovens desde os 9/10 anos até aos 17/18 anos, marcaram para sempre uma vida. Sinceramente, e só eu seu o quanto isso é-me doloroso, penso que o meu grande falhanço, foi com os meus filhos. Eles mereciam ter um melhor pai. E nem quero desculpar-me com o divórcio que os apanhou muito novos. (estou a escrever isto e os meus olhos estão em lágrimas – nem sei se deveria estar a dizer estas coisas mais intimas eles que me desculpem.

Para terminar e era sobre isto que verdadeiramente queria falar, tenho o terrível defeito de querer (tentar) explicar (e eu explico-me muito mal) um pouco mais e melhor a minha posição, queria deixar expresso, o quanto me desiludem, magoam os juízos de valor apressados, as opiniões baseadas em preconceitos, a “ideologização” de tudo, por parte de alguns, as exteriorizações de uma suposta superioridade moral.

Bem e agora termino mesmo deixando bem claro a minha solidariedade pessoal a António Chora. Eu percebo e compreendo muito bem que António Chora, a título pessoal, tenha acedido ao convite pessoal e participado num jantar de despedida e de homenagem ao ex-ministro António Pinho. Chora, para mim, nem precisava de se explicar. Chora participou porque é uma pessoa séria, não hipócrita, não quis saber das consequências políticas do seu acto. Bastava-lhe estar de bem com a sua consciência. E se na análise de Chora o ministro fez um bom trabalho e em particular, fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar os postos de trabalho da Auto-Europa, ele, a título pessoal, manifestou-lhe o seu agradecimento pelo empenho pessoal. Um gesto bonito!

E sim, há almoços grátis em pessoas integras!
 

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